Ao contrário do que muitos acreditam, a psicologia do esporte não é sinônimo de terapia. Enquanto na terapia questões individuais são trabalhadas para o desenvolvimento pessoal do sujeito, na psicologia do esporte o objetivo é compreender como os fatores psicológicos influenciam no desempenho físico e como o esporte acaba afetando o desenvolvimento emocional.
No futebol, o psicólogo, assim como outros profissionais da saúde, faz parte da comissão técnica interdisciplinar, porém sua participação efetiva depende da receptividade dos clubes e dos treinadores. Isso ocorre porque muitos entendem o trabalho do psicólogo de forma equivocada, ou então não acreditam que possa fazer diferença no desempenho dos atletas. A função da psicologia no meio esportivo é de potencializar o trabalho realizado pelos treinadores, e ajudar os jogadores a criar estratégias para enfrentarem questões como o nervosismo, por exemplo, ou então outras que podem estar no caminho para terem um melhor desempenho.
A importância da psicologia não é só para os aspectos individuais, mas também para o trabalho de grupo e sentido de equipe. Em esportes coletivos como o futebol, saber trabalhar em conjunto é fundamental, pois o sucesso individual acaba tendo pouca importância quando a equipe não consegue “jogar junto”. Um exemplo disso é quando equipes possuem um grande elenco de jogadores, mas não conseguem atingir vitórias significativas.
Apesar de estarem ganhando cada vez mais espaço, os profissionais da psicologia esportiva ainda precisam ser reconhecidos como uma peça importante no sucesso e crescimento de atletas e equipes. Saber administrar frustrações, entender o que é fazer parte de uma equipe e jogar em conjunto, são elementos cruciais para o bem-estar e sucesso de um time. Desta forma é importante que o psicólogo esteja em sintonia com os trabalhos realizados com todos os membros da equipe técnica, principalmente o treinador, respeitando sempre as funções e hierarquias existentes.
Por: Dora Facchina – Psicóloga
