O futebol, como tudo na vida, foi bastante afetado pela Covid 19, e as mudanças que estamos vivendo, há mais de um ano, deve continuar, pois, o ponto de equilíbrio ainda não chegou, nem a pandemia se foi, e o que se percebe é que “antigo normal”, provavelmente, não retornará.
É evidente que o futebol será no campo, como já está ocorrendo, no entanto, será que todos os serviços demandados, que dão apoio e viabilizam esta prática esportiva, como serviços de suporte, administrativos etc., voltarão a ser como antes?
Ou ainda, qual é a melhor alternativa para esse tipo de atividade: presencial, em casa, híbrido?
Será que, ao optar pelo home office para essas ocupações de base, o clube não poderia abrir um leque de possibilidades para contratar melhores profissionais em qualquer lugar do mundo. Grandes projetos já utilizam esta prática.
Os desafios organizacionais para lidar e implementar essa mudança de paradigma não são fáceis, ainda mais em um ambiente em que o novo, ou novas ideias, nem sempre ocorrem com facilidade.
Um aspecto interessante é verificar todos os lados, se o home office, para esse tipo de serviço e demandas, abre possibilidades, em contrapartida se não souber lidar com esse modo de trabalhar é possível ficar para trás em termos de gestão esportiva.
No home office deve haver um planejamento para que se cumpram as exigências colocadas pelo clube, respeitando as necessidades dos colaboradores, com equilíbrio e qualidade de vida, inclusive, para quem estiver exercendo o labor desta maneira (home office).
Nesse sentido, o papel do líder é crucial. Os desafios no processo de liderança a distância, as características que envolvem tempo, espaço e flexibilidade; além das diferenças entre as competências exigidas no exercício do liderado em um contexto de trabalho remoto, fazem esta modalidade ser diferente de outras tradicionais.
Nessa toada, é imprescindível buscar meios que, mais que viabilizar, propiciem eficiência para esta empreitada. Senso de prioridade, de tempo, autodisciplina são alguns pontos a serem implementados. Boa comunicação, processos e rotinas adequados, saúde mental, também devem estar presentes.
O futebol precisa se modernizar e não pode prescindir de estabelecer um comportamento de liderança com sua equipe, multidisciplinar, espalhada geograficamente (se optar pelo home office), e que requer cuidados específicos para obter bons resultados.
Essa lógica é a realidade que está se formando, como uma onda, ou verdadeiro tsunami. E é necessário ter consciência para não ficar para trás nesse mar de mudanças ou mesmo ser engolido sem possibilidade de emergir, satisfatoriamente, quando tudo passar.
Será que essa nova realidade é só miragem? É oportuno pensar nisso!
Por: Sergio Tinoco – Mestre em Administração, Professor e conteudista de cursos