Inter-relações entre tecnologia e esporte em tempos de distanciamento social

Qual o Futuro do Esporte dentro do Novo Mundo Tecnológico?

A sobrevivência humana sempre esteve relacionada à necessidade do homem de se mover. Muitas vezes para lutar pela sua vida, depois pela busca de uma estética física, como preparação para as batalhas e depois como uma prática necessária para boas condições de saúde. Para Leakey (1981), o desenvolvimento dos movimentos, está diretamente ligado ao desenvolvimento do comportamento humano.

É através dos primeiros movimentos que o homem, após seu nascimento, demonstra sua condição física e o desenvolvimento do seu aparelho locomotor ajuda a determinar se o crescimento acompanha o desenvolvimento humano.

Segundo Kenski (2010), a definição de tecnologia é o conjunto de conhecimentos e princípios científicos utilizando-os em uma atividade. Se a relação humana e tecnologias é complexa, a relação com o esporte é ainda mais difícil de contextualizar.

Para Guimarães (2011), diante da evolução tecnológica dos últimos anos, não é possível negar ou ir contra os avanços tecnológicos que chegarão a todos ambientes.

Negar os avanços da tecnologia dentro do esporte é negar oportunidades de transformação, participação no atual ambiente social que está em crescente transformação tecnológica e com a interação no ciberespaço.

A pandemia de Covid-19 mexeu com as relações de trabalho, a vida em sociedade e a economia como um todo, e ainda com um dos principais elementos de lazer e entretenimento das pessoas: o esporte.

A grande maioria das competições em todo o mundo foi suspensa ou sofreu adequações para a nova realidade, impedindo que milhões de torcedores vibrem pelas equipes e atletas favoritos da forma como acontecia anteriormente.

Há uma quebra de ciclo tanto das atividades esportivas quanto econômicas, atingindo uma cadeia produtiva que envolve marcas, produtos, venda de ingressos, cotas de TV e folha de pagamento. No futebol brasileiro, um estudo da consultoria EY estima um prejuízo superior a R$ 1 bilhão. Em outras modalidades, o impacto foi ainda pior se pensarmos no ciclo olímpico que projeta investimentos a cada quatro anos. Os Jogos de Tóquio, por exemplo, adiados para este ano, afetaram diretamente clubes, federações e, principalmente, atletas e equipes.

A questão é que essa mudança, que esperamos ser momentânea, vai trazer grandes impactos no futuro, redefinindo questões financeiras e até o modo de consumir as modalidades esportivas.

Nesse sentido, as tecnologias de comunicação, como streaming e dispositivos móveis, ganham força e deverão suprir algumas demandas que estão reprimidas e, ao mesmo tempo, contribuir para a retomada das atividades esportivas.

Por: Treici Freitas – Professora e Assessora em Tecnologias da Educação

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