O esporte no ano da pandemia COVID-19

O ano de 2020 foi desafiador para todos em diversos aspectos da vida, afetando diretamente o nosso dia-à-dia. Paramos de ir ao supermercado e passamos a pedir a entrega dos produtos. Deixamos de ir a restaurantes e começamos a usar mais o serviço de delivery. Já não vamos mais ao escritório, agora é home office. Fomos impedidos de ir ao estádio torcer pelo nosso time e de ir a um bar comemorar com os amigos, agora só torcemos de casa.

O primeiro grande evento esportivo a sofrer fortes consequências da pandemia, foi a Olimpíada. Os Jogos de Tóquio em 2020 tiveram que ser adiados para 2021, tornando-se assim, a primeiro na história a ser adiada e disputada em um ano ímpar, ou seja, fora do ciclo olímpico.

Porém, o mundo esportivo, de uma maneira geral, conseguiu ser pouco afetado a nível de competições e torneios, fazendo com que o esporte servisse como uma forma de fuga do “novo normal” e trazendo entretenimento e esperanças de uma volta ao “antigo normal”.

Após um tempo paradas, as competições voltaram (sem público) e se tornaram cases de sucesso.

A Liga dos Campeões, o mais importante campeonato de clubes de futebol do mundo, se adaptou e mudou o formato no meio da temporada para terminar a competição. A partir das quartas de final, a UEFA determinou que os confrontos seriam em jogos únicos e todos disputados em Lisboa, para evitar o deslocamento, e com portões fechados. O novo formato, adaptado para pandemia, fez tanto sucesso que a entidade está estudando utilizá-lo a partir da temporada de 2024.

Já a NBA, principal competição de basquete no mundo, isolou os jogadores de 22 equipes no complexo da Disney em Orlando, Flórida. Esse formato que a liga e a associação de atletas encontraram para a encerrar a temporada ficou conhecido como “a bolha”, termo que provavelmente será lembrado por muitos anos. Um total de 346 jogadores, além de comissão técnica, mídia e staff, seguiram um protocolo rígido de quase 100 páginas, além de teste diários para a Covid-19.  As restrições incluíam isolamento total do mundo exterior e mudanças até mesmo no comportamento dentro de quadra, como secar a bola com a camisa, por exemplo. O formato deu certo, e durante o período de disputa, ninguém testou positivo.

A Fórmula 1 também fez um protocolo rígido para não parar e manter a competição segura, no qual as equipes fizeram uma “bolha” parecida com a da NBA, isolando seus pilotos. Como resultado, apenas 0,11% dos 85 mil testes realizados durante a competição deram positivo.

Foi um ano difícil para todos que trabalham na indústria esportiva. Foi preciso se reinventar e buscar alternativas para que fosse possível dar início e finalizar as competições. Apesar disso, o resultado, em geral, acabou sendo positivo. Novas fórmulas de sucesso foram descobertas, e os casos positivos de covid-19, não comprometeram o andamento das competições. Mesmo assim, não vemos a hora de voltar ao antigo normal. Que venha 2021!

Por: Luis Felipe Damo – Consultor de Marketing da GOALMANAGE

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