Reinvenção!

Palavra da moda em tempos de pandemia do coronavírus. Do cidadão comum ao empresário que ficava numa sala, atrás da mesa do escritório. Todos se tornaram protagonistas de um filme de terror. O isolamento e o distanciamento social nos aproximaram da tecnologia. Nunca fizemos tanta LIVE em busca de interação. Contatos, reflexões e conexões.

Da noite pro dia, os estádios silenciaram. A bola parou. E a paixão nacional ficou na saudade… As pistas da Fórmula 1, a modalidade mais popular de automobilismo do mundo, ficaram vazias.  Os serviços foram suspensos, portas foram fechadas e clientes sumiram das ruas. Nos escondemos atrás de máscaras de proteção. E o trabalho habitual virou virtual. Deixamos a vida OFF Line para viver ON. Restaurantes, confeitarias, mercados, pegaram carona no delivery, uma forma de se repaginar e de sobreviver. As marcas foram obrigadas a reinventar uma forma de se comunicar pra chegar ao consumidor. Quem se preparou, levou o recado de forma clara e assertiva ao seu público alvo. Saímos da zona de conforto, desconfortáveis, mediante um cenário de crise, sem perspectivas de retomada. Com a pandemia, empresas do mundo todo encararam outro desafio, o da comunicação.

Todos os holofotes virados para o COVID-19. As redações de rádio, TV, jornal, foram esvaziadas, por segurança. O jornalismo ganhou mais força. Audiência, credibilidade e um novo recorde. De acordo com um levantamento da Kantar Ibope Media em 15 capitais brasileiras, 11 das 20 maiores audiências medidas nos últimos 5 anos foram observadas durante a pandemia.  A TV, segundo a pesquisa, é o meio mais usado pelo brasileiro para se informar. Em março, o uso foi de 92% nos lares do país.

Passamos a consumir mais notícias, de um jeito totalmente inusitado. Jamais visto. Nas entrevistas coletivas, distanciamento entre os repórteres. Na telinha, luz, câmera, ação e máscaras. Nas reportagens, profissionais aparecem protegidos enquanto os entrevistados assumiram a produção de seus vídeos, cada um fazendo o próprio conteúdo e compartilhando na telinha.

Esquisito ou não, estamos diante de um novo mundo. De reinvenção no telejornalismo. De produção de conteúdo nas redes sociais, que se multiplica a cada clique. E cabe a nós, selecionarmos as melhores fontes, evitando as fake news. A comunicação também passa por um processo de revolução. Adeus a forma e a perfeição da TV colorida e certinha. Impecável. Foco no fato. O momento requer a atenção de todos. Menos maquiagem e mais verdade!

Por: Eduarda Streb – Jornalista

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